terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Veneno e Mel





Incontrolável fonte de sentimentos nus de discrição
Daqueles que quando colocados ao fogo explodem como trovão
Bendita química inigualável e misteriosa
Causadora de espantos e prantos desconsolados
Imprópria para corações fracos e livre de consciência
Não sabem como usá-la e porisso se afogam em sua essência
Todos que provam seu cheiro e sabor perdem o rumo de suas vontades
Pois todas as outras lhe convergem incondicionalmente em vício
Provocador de dor o veneno que lhe serpenteia a alma
Torna-se droga o doce mel que antes lhe guardava
Benéficos fluídos vitais que já não sabem como combater
Tamanha fonte de calor que não se pode mais deter
Assim aquela bomba continua a bater mais forte
Perdendo o controle e o discernimento que não mais possui
Da vida se leva as experiências sem excluir as más
Daquelas limitadoras e doloridas se curam as novas feridas
Tempo que não pode nos barrar transforma-se em limite
Limites esses que nunca existiram e nunca existirão
Pois o tempo não existe sendo assim nada em vão
Somente mais um elemento de nossas cabeças
Que tenta iludir-nos e provocarnos para que alguma coisa aconteça
Enfim sós, como sempre foi
A ilusão da companhia alegra aqueles que serão o resto de nossos dias
Talvez esteja desenganado o pobre viciado
Mas mesmo inevitável cura que virá futura
Ainda poderá erguer aquele que cansou de sofrer

Um comentário: