terça-feira, 28 de julho de 2009

"E quando a coisa ficar feia,
Porque, sim, a coisa vai ficar muito feia,
Procure ajudar aqueles que estão do seu lado
Não se feche e esteja sempre preparado
Porque o desconhecido do seu lado
Pode ser, agora, o seu melhor amigo"

2012

quinta-feira, 16 de julho de 2009

E no meio de uma ventania sem rumo
Pensando não mais poder sorrir
Em meio a um soluço de riso e choro
Se surpreende com as lágrimas que caem

Cansado de tanta superficialidade
Farto de convenções e regras limitantes
Fronteiras tão distantes se parecem
E tão próximas também
Frágeis, difíceis, medonhas

O sentimento de torpor lhe assola sempre
Parece nunca estar presente
Quando se encontra, está ainda mais confuso
Conseguem sentir? Conseguem entender?

Compreensão essa que só lhe aparece em relâmpagos
E quando decidi quais rumos seguir
Quando vislumbra os caminhos a percorrer
Já não são mais gotas que caem
Granizo, paralisantes, escorregadios, frios

Mas, que posso fazer?
Por hora não muito
Basta não reclamar do vento
Receber bem o granizo
E saber que eles derretem
Que viram água, cristalina

E quando eu acabar você perceberá
Talvez te traga mais dúvida
Mas quanto mais as perguntas, mais as respostas
E na certeza de que o tempo muda
Faço das minhas indagações, a minha bússola

Busca, busco

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Gira-Mundo

Deixa a roda crescer
Deixa o mundo girar
O que não vem hoje
Amanhã virá

Deixa o giro rodar
Deixa multiplicar
O passado é ontem
Coisas vão mudar

Gira roda
Gira mundo
Segue o balanço do giro
Segue a roda do brilho

Brilha mundo
Brilha e roda
Gira tudo
Gira e volta

Deixa o amor girar
Deixa o amor rodar
Deixa o amor mudar

Volta e refaz
Abraça o presente
Escolhe o futuro
Gira mundo, gira tudo
Giramor

sábado, 4 de julho de 2009

Cair, Subir

Sonolento e pesado sono
Pensando em descansar o corpo
Tentando relaxar a mente
Me peguei mais que presente

Voava sobre prédios
Num lugar escuro e fétido
Pairava sobre nuvens negras
Tentava descer a fugir

E voava rápido, como se procurasse algo
Sim, uma luz ou um ponto de descanso
Meus olhos queriam me trair
Mas era preciso mantê-los abertos?
Fechados.

Lá embaixo na cidade
Moravam pessoas e coisas
Me atiravam palavras sujas
Todas cheias de maldade

Já não podia mais voar
A energia que me mantinha se fora
Perdia altitude e plenitude
Estava a ponto de me entregar

A sensação de precipício
Demorava tanto a passar
Meu corpo já dormente
Parecia um torto vício

E caindo sempre mais a fundo
Adentrei entranhas obscuras
Onde moravam estranhas criaturas
Escravas, perdidas, sedentas por maldade

Meu corpo se aproximava cada vez mais
Do chão que seria minha única esperança
De morrer rápido e não sofrer ainda mais
Já sentia sua aproximação, cravada com lanças

Foi quando senti
Uma enorme luz branca
Descer numa enorma velocidade
Atravessando toda a cidade

Penetrou nas entranhas escuras
E antes que minha cabeça partisse
Naquele chão de morte e podridão
Apanhou-me rápido e forte como um trovão

Um relâmpago, uma flecha, um clarão
Impediram que eu pudesse
Me espatifar ali, naquele chão
E tudo mudou

A força me fez subir, subir e subir
Me tirou daquele mundo morto
E num piscar de olhos
Me levou até o alto

Subi tão rápido e já lá em cima
Pude perceber o que me levantava
Estava acima das nuvens
Onde somente o sol me acariciava

O que me levantou
Não foi uma nave
Não foi mágica
O que me levantou foi...
...e continuo subindo.