quinta-feira, 16 de julho de 2009

E no meio de uma ventania sem rumo
Pensando não mais poder sorrir
Em meio a um soluço de riso e choro
Se surpreende com as lágrimas que caem

Cansado de tanta superficialidade
Farto de convenções e regras limitantes
Fronteiras tão distantes se parecem
E tão próximas também
Frágeis, difíceis, medonhas

O sentimento de torpor lhe assola sempre
Parece nunca estar presente
Quando se encontra, está ainda mais confuso
Conseguem sentir? Conseguem entender?

Compreensão essa que só lhe aparece em relâmpagos
E quando decidi quais rumos seguir
Quando vislumbra os caminhos a percorrer
Já não são mais gotas que caem
Granizo, paralisantes, escorregadios, frios

Mas, que posso fazer?
Por hora não muito
Basta não reclamar do vento
Receber bem o granizo
E saber que eles derretem
Que viram água, cristalina

E quando eu acabar você perceberá
Talvez te traga mais dúvida
Mas quanto mais as perguntas, mais as respostas
E na certeza de que o tempo muda
Faço das minhas indagações, a minha bússola

Busca, busco

Um comentário:

  1. Quanto mais certeza tempos de tudo, menos perguntas fazemos e menos resposta consequentemente temos, pensamos estar no rumo certo, porém mais iludidos com a nossa própria ignorância nos encontramos. Problemas, dificuldades, dores de cabeça, tudo que (pode) assola(r) nossa paz de uma certa maneira, nos traz mais perguntas e podemos até mesmo mover o mundo atrás das respostas, mesmo que nunca as encontremos, maiores e mais fortes estaremos para novas brigas encararmos. Um dia bonito de sol é ainda mais bonito se toda a semana foi nublada ou com chuva, e mesmo com dias feios nós continuamos vivos a batalhar por mais um belo sorriso. =D

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